Paço de Lanheses

Quinta com cerca de 8 ha, no centro da povoação de Lanheses, em terreno plano, composta por casa, jardim, bosquete e campos de vinha.

A casa foi fundada em finais do séc. XV, inícios do XVII, por João Martins de Ricalde. Em 1580 esteve aqui refugiado D. António Prior do Crato, passando a partir da altura a designar-se por “paço”. A capela foi construída em finais do séc. XVII, início do XVIII e a casa amplamente remodelada na segunda metade desse século. No séc. XIX, por morte de D. Sebastião de Abreu Pereira Cyrne Peixoto, casado com D. Maria José Lencastre César e Meneses, D. Maria Francisca de Abreu Cyrne Peixoto herdou o paço que casou com o 2º Conde de Almada, em cuja família se mantêm.

O acesso é feito por portal que liga a alameda de notáveis freixos e carvalhos, ladeado pelo bosquete, também com falsos plátanos. Junto à alameda encontra-se o Pelourinho de Lanheses. A entrada no terreiro formal da casa é feita por portal que o fecha, com a imponente fachada, com fontes, voltada ao mesmo, com muro e portão no lado norte de acesso a pomar. Lateralmente um olival e atrás da casa pequeno jardim de buxo, com camélias e taça central. Segue-se um relvado e zona da piscina, que resulta da adaptação de um tanque, envolvida por árvores de fruto. A sul encontram-se longos campos de vinha.

Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria nº 740-FD/2012, DR, 2.ª série, n.º 252, de 31 dezembro 2012.

Inventário: Joaquim Gonçalves – outubro de 2018