Jardim Público de Viana do Castelo/ Frente Ribeirinha e Campo da Agonia

Passeio urbano, na frente ribeirinha de Viana do Castelo, na margem direita do rio Lima, constituído por alameda de tílias e carvalhos americanos. Hoje com cerca de 2 ha está também próximo do centro histórico de Viana do Castelo e integrado na área de intervenção do Plano Estratégico de Viana do Castelo, desenvolvido pelo arquiteto Fernando Távora no Estudo Urbanístico da Frente Ribeirinha (1995) e com o Programa Polis (2002) que implicou três Planos de Pormenor: Frente Ribeirinha e Campo da Agonia; Centro Histórico e Parque da Cidade com repercussões sobre a frente ribeirinha urbana da cidade. Aqui hoje encontramos vários equipamentos emblemáticos como a Biblioteca Municipal (arquiteto Álvaro Siza Vieira), Praça da Liberdade e seus edifícios (arquiteto Fernando Távora), o Centro Cultural /Coliseu (arquiteto Eduardo Souto Moura), o Posto de Turismo (arquiteto Bernardo Távora) e o porto de recreio, constituído por duas docas, em que a de jusante da ponte Eiffel contracena com o Jardim Público.

Previamente à construção do Jardim Público de Viana do Castelo, foi feito um nivelamento da margem do rio em 1845 e depois construído um jardim dentro de muros até que em 1881 foi apresentado um projeto para o passeio público da autoria de Jeronymo Monteiro da Costa, diretor dos Jardins Municipais do Porto e da Real Companhia Hortícolo-Agrícola Portuense. Os trabalhos iniciaram-se no final desse ano com a construção de um muro e gradeamento com dois portões em cada extremidade do jardim. Assim se manteve até1910, altura em que a Câmara Municipal decidiu ampliar o jardim em direção à Ponte Eiffel. O novo jardim ficou com 500 metros de comprimento. O coreto aqui existente foi transferido para o jardim de D. Fernando em 1930 e no seu lugar surgiu o emblemático “Café Girassol”. Em 2000, a Câmara Municipal decidiu requalificar o jardim e, ao mesmo tempo, duplicar a via marginal por razões de trânsito introduzindo uma simplificação no traçado dos canteiros e introduzindo áreas relvadas maiores.

Inventário: Joaquim Gonçalves – Outubro de 2018