Quinta de Gojê
Centro | Penalva do Castelo
Quinta de Gojê
Quinta na periferia de Penalva do Castelo, com cerca de 30 ha, composta por casa do final do séc. XVIII / início de XIX, com grande jardim, mata, separada da casa e campos de vinha e olival. O acesso é feito por portal ladeado por exemplares notáveis de carvalhos americanos, que liga a alameda de acesso ao terreiro fronteiro à casa. A alameda é ladeada por ambos os lados de jardim formal de buxo podado com topiárias em bola e pirâmide, canteiros sinuosos, pontuados por grande diversidade de espécies, nomeadamente camélias, magnólias, magnólias grandiflora, rododendros, cedros e abetos. Em ambos os lados existem fontes, com tanques circulares e taças, a existente do lado esquerdo de maiores dimensões. O patamar de jardim, do lado direito, apresenta suave declive, com existência ainda de vestígios de escadas indicadores do caminho de acesso à mata, com acesso por passadiço sobre caminho público. A mata é murada e tem também acesso pelo exterior e é essencialmente composta por sobreiros, tendo no entanto algum eucaliptos. Parte da mata tem vindo a ser destruída em detrimento da vinha.
Do lado esquerdo da casa, separados pela estrada encontra-se terrenos de olival também pertencente à quinta. Por portal lateral à fachada principal da casa, acede-se a pátio com construções rurais correspondendo a casas de caseiros, arrumos e lagar de azeite. Junto ao muro duas fontes antigas com pequenos tanques e nichos. Junto à fachada posterior da casa pequeno jardim com sebes de buxo podadas, palmeira washingtonia e tílias. Em quota inferior segue carreira de buxo ladeada por horta e pomar de macieiras que conduz a pequena mata. Junto ao inicio da carreira, do lado direito, chega-se a grande tanque circular com mina. Lateralmente à casa, ainda nesta zona posterior, encontram-se as ruínas das antigas pocilgas e casa do forno, com pátio com mesas e bancos de pedra, pontuado por vinha e cerejeiras. Seguindo um caminho, sempre ladeado por sebe de buxo chega-se a um grande tanque com lavadouros e mina, adossado ao muro.
Inventário: Joaquim Gonçalves – junho de 2018
Quinta de Gojê
(Consultada em junho de 2018)
ARAÚJO, Ilídio de – Arte Paisagista e Arte dos Jardins em Portugal. Lisboa : Centro de Estudos de Urbanismo, 1962. p. 217.