Casa dos Pinheiros

Norte | Fafe

Casa dos Pinheiros

Quinta com cerca de 10 ha, sendo 7 ha de vinha que envolve a propriedade a norte e oeste, em terreno declivoso. Com referências já em meados do século XVII, as grandes obras na casa foram feitas em finais do séc. XVIII, ainda segundo o gosto barroco. A 21 de Junho de 1921 um grande incêndio destruiu praticamente toda a casa, só sendo feitas grandes obras de reconstrução entre 1953 e 1956 pela família Vilas Boas Alvim.

O jardim com bastantes intervenções do séc. XX, segundo tipologias clássicas e formais, desenvolve-se em dois grandes patamares, com acesso por portão lateral à capela e acesso aos turistas por portão independente do lado oposto. À casa acede-se por pátio nobre através de portal armoriado. O patamar superior do jardim, desenvolvido atrás da casa e prolongando-se lateralmente, é constituído essencialmente por relvado, com duas zonas distintas, a primeira, com grande tanque enterrado com nicho e colunas torças barrocas junto ao muro, separado por sebe de buxo da zona da piscina e casa reservada ao turismo. O patamar inferior é constituído por jardim formal cujas formas podadas das camélias se destacam, ora em bola ora em arco, com canteiros de buxo com roseiras, azáleas, rododendros, lagerstroémia, tuias, ciprestes e laranjeiras. No centro do jardim surge fonte com taça, não original da casa e em eixo a oeste, fonte e gruta parcialmente oculta pela vegetação. O acesso à mata, desenvolvida a norte, é feito junto às construções agrícolas existentes no primeiro patamar do jardim por caminho que conduz a bosque com mistura de carvalhos jovens com alguns notáveis, um deles de porte considerável e classificado. Apesar de os carvalhos predominarem, existem plátanos, falsos plátanos, sobreiros e loureiros.

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.

Casa dos Pinheiros

(Consultada em maio de 2018)
http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=15583

Medelo, EM 1656-2, Lugar dos Pinheiros, Av. da Liberdade 1041-867