Casa das Paredes

Quinta com cerca de 3,5 ha implantada no vale da ribeira de Ribeiros, em terreno plano, com jardim formal desenvolvido lateralmente à casa, a nascente, e jardim mais recente, ocupando zonas agrícolas e de antigos pomares e hortas a poente. A sul encontra-se bosque de cerejeiras bravas e choupos. Com origens já desde o séc. XV, chamada então de Casal do Vale de Paredes, a atual casa só foi construída a mando de Pedro Simões em meados do séc. XVII com a capela de Nossa Senhora México. Passando de geração em geração a casa chega à família Vilas Boas Alvim.
A entrada é feita por portal lateral à casa que conduz a amplo terreiro marcado ao fundo por grande fonte de espaldar com tanque, dando acesso para o lado esquerdo ao jardim formal e para o lado oposto à restante área da quinta. O jardim com camélias, teixos e azáleas talhadas, algumas das camélias de porte notável, outras recentes, sempre talhadas em bola ou fazendo arcos, com canteiros de buxo geométricos, marcando claramente por um eixo central onde se encontra uma fonte de tanque circular rodeada por arcos de camélias. No final do jardim, as quadras são ocupadas por árvores de fruto, nomeadamente citrinos, com fonte de espaldar com o nicho de Santo António, no final do eixo.
Do lado oposto da casa encontram-se relvados com construções agrícolas convertidas para alojamento turístico, piscinas e bosquete de cedros, ciprestes de Lawson, faias rubras e pinheiros, sempre com caminhos ladeados por buxo. A noroeste zona com pomar em canteiros geométricos de buxo, fonte central, caminhos cobertos por ramadas e lateralmente um grande tanque com espaldar cujo acesso é feito por largo caminho coberto por ramada. Aliás as ramadas são uma constante sobre os caminhos, tal como mais fontes de espaldar que se repetem junto às zonas reservadas ao turismo. Junto à antiga eira encontram-se espigueiros do séc. XIX cujas portas são ricamente entalhadas.

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.