Casa do Ribeiro

Quinta com cerca de 12 a 13 ha, composta por patamar com jardim formal que se desenvolve lateralmente e atrás da casa, patamar inferior com horta, tudo murado. Extramuros encontra-se a mata e os campos. Na proximidade o rio Selho e o Monte da Senhora do Monte.

As primeiras referências em finais do séc. XVII são a Domingos Ribeiro que vendeu a propriedade a Tomé de Carvalho. É o seu filho Veríssimo Peixoto de Carvalho que empreendeu grandes obras na primeira metade do séc. XVIII, sendo a licença para fundar a capela pedida em 1748 e acabada de construir em 1754. O portal armoriado que dá acesso ao pátio nobre da casa foi construído na segunda metade do séc. XVIII por Domingos António Pereira Peixoto de Carvalho, a quem são concedidas as armas. O acesso ao jardim formal é feito por portal secundário junto ao portal nobre, composto por canteiros relvados delimitados por buxo, recortados com grandes pérgulas de glicínia e roseiras a marcar o jardim delimitado por muro com alegretes e conversadeiras e no topo sul um grande tanque barroco com espaldar recortado com as três Virtudes, a Esperança, a Caridade e a Fé e um grande tanque também recortado. Atrás do espaldar encontra-se um pequeno tanque escavado numa só rocha com lavadouro. A água é trazida por caleiras da mina que se encontra mais afastada num campo hoje ocupado por vinha mas que seria o laranjal.

O acesso às hortas é feito por dois portões no muro nascente, com grandes quadras de buxo, sendo o interior preenchido por hortícolas e no cruzar do eixo notáveis camélias. Lateralmente à grande fonte encontra-se outro portão que dá acesso ao caminho, outrora com ramada, que conduz à pequena mata, chamada de “Matinha” composta essencialmente por carvalhal.

MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 176/2016, DR, 2.ª série, n.º 113 de 15 junho 2016.

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.