Quinta da Companhia

Quinta com cerca de 4 ha, composta por casa, jardim lateral a esta, mata e campos agrícolas. Na sua origem foi uma residência da Companhia de Jesus do séc. XVI, sendo vendida no séc. XVIII após a expulsão da Companhia pelo Marquês de Pombal e adaptada a casa de quinta.

A história começa em 1570 quando o Mosteiro de Paço de Sousa foi entregue à Companhia de Jesus decisão que foi revertida posteriormente e novamente entregue aos beneditinos, no entanto em 1581 os jesuítas construíram uma casa para a Companhia, com quinta e celeiros. Em 1759 foi extinta a Companhia de Jesus e a casa comprada por José de Azevedo e Sousa, negociante de vinhos e detentor de grande fortuna. Instituiu o vínculo de Morgado deixando todos os seus bens à filha Sebastiana Máxima, 1ª morgada. No século XIX, a casa foi herdada por Diogo Leite Pereira de Melo, Fidalgo da Casa Real que empreendeu grandes obras na casa, acabadas em 1886.

O acesso é feito por portal que conduz ao terreiro da casa, com pequeno jardim de buxo e duas fontes. Jardim lateral à casa, formal, com notáveis camélias, lago central, canteiros de buxo. Muros com conversadeiras. Lateralmente ramadas de vinha. A partir deste jardim tem-se acesso a uma área de relvado com piscina. O acesso à mata, atravessada pela ribeira de Gamuz, faz-se junto ao terreiro possuindo uma nora e uma fonte conhecida como Fonte dos Frades com bica e bancos corridos. As espécies dominantes são falsos plátanos, carvalhos e castanheiros da índia.

Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 205/2013, DR, 2.ª série, n.º 71 de 11 abril 2013

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.