Mata dos Dragoeiros do Museu do Vinho
Açores | Lajes do Pico
Mata dos Dragoeiros do Museu do Vinho
A antiga casa e cerca conventual dos Carmelitas e a grande adega onde se produziu o famoso “verdelho do Pico” que alcançou fama além-fronteiras, foram adquiridos, em 1982, pela Câmara Municipal da Madalena para neles se instalar o Museu do Vinho (inaugurado em 1999). Nos cerca de 1 hectares encontram-se o edifício conventual datado do século XVIII, a casa dos Alambiques/Receção, o Lagar, o Mirante, os vinhedos plantados em currais e a Mata de Dragoeiros centenários. Em 2004, a paisagem cultural da vinha do Pico foi reconhecida como Património da Humanidade, tendo a mata dos dragoeiros por limite da chamada “zona tampão” da área classificada. Trata-se da maior concentração desta espécie da família das Asparagaceae nos Açores (endémica da Macaronésia), cujo povoamento denso e subespontâneo, com a caraterística ramificação dicotómica, confere um aspeto visual singular a estas árvores e uma atmosfera jurássica ao conjunto. Junto à mata localizam-se os currais das vinhas cercados por muros de pedra baixos, que protegem as videiras da salinidade dos ventos marítimos ao mesmo tempo que conservam o calor, tão importante para a desidratação dos bagos de uva e a concentração de açúcar. Sobre a quadrícula dos currais existe um mirante em madeira construído ao estilo da “arquitetura baleeira” da autoria de Paulo Gouveia, acessível por um passadiço, cuja cor vermelha contrasta com a austera paisagem da rocha negra.