Casa do Telhô

Quinta de recreio localizada em terreno de suave declive, na proximidade da Igreja de São Sebastião, da Casa de Arnóia e do Mosteiro de São Bento de Arnóia, este último mais distante. A quinta encontra-se totalmente virada à paisagem, avistando-se o Monte da Senhora da Graça e as serras do Alvão e Marão. Acesso por terreiro que precede a casa, armoriada, de feições setecentistas, mas com origens bem mais antigas sendo um dos seus senhores, no séc. XVII, Pedro de Moura Teixeira de Carvalho. Desta casa foi também D. José de Moura Coutinho, Bispo de Lamego. Junto à casa um imponente exemplar notável de camélia dá alguma sombra a uma fonte de grandes dimensões com mina, tanque rectangular e paredes em escaiola. Outrora deveria haver uma latada para conferir sombra, criando uma casa de fresco. O jardim desenvolve-se lateralmente à casa, em socalcos de ligeiro declive, com grande tanque de granito abastecido por caleira enquadrado por jardim formal de buxo com canteiros recortados e sinuosos, todos topiados com formas geométricas. No socalco inferior, lateralmente existem exemplares notáveis de camélias, outrora topiados, tendo este jardim sido famoso pelas suas ricas topiárias segunda a moda dos chamados “Jardins de Basto”. Atualmente devido ao estado de abandono é de difícil percepção o traçado real do jardim e a morfologia das topiárias também já desapareceu. Para além das camélias antigas existem exemplares notáveis de oliveiras e carvalhos. O olival encontra-se em quota superior, junto à grande fonte com escaiola, existindo também neste local o sequeiro, eira e espigueiro.

Inventário: Joaquim Gonçalves – abril de 2018. (Inventário tendo por base visita exterior à propriedade e fontes bibliográficas).