Cerca do Mosteiro de Vila Nova de Muía

Mosteiro românico localizado num vale, sendo a igreja usada como paroquial e o que resta das dependências monacais está ocupado por várias residências particulares.

Foi fundado em 1100 por Godinho Fajes de Lanhoso, companheiro de armas do Conde d. Henrique, que lhe deu a carta de couto. Nas Inquirições de 1220 é referido o pequeno domínio do mosteiro. A igreja românica apresenta a cabeceira quadrangular, de tradição hispânica e decoração típica das construções da Ribeira Lima e uma curiosa torre defensiva, atrás, também ela medieval. Os séculos XVI e XVIII trouxeram profundas remodelações na igreja. Com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, os edifícios monacais foram vendidos em hasta pública e comprados em 1836 por João Manuel Pires.

Fronteiro à igreja encontra-se um terreiro com grande cruzeiro. Nas dependências monacais, divididas por vários particulares, ainda subsiste o claustro, também de feição muito antiga, estando parcialmente em ruínas e tudo muito descaracterizado, tal como o espaço que possa ser entendido como a cerca do mosteiro. Os campos que se desenvolvem atrás do mosteiro são ainda hoje usados como campos agrícolas.

Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 35 817, DG, 1.ª série, n.º 187 de 20 agosto 1946 (igreja e torre).

Inventário: Joaquim Gonçalves - outubro de 2018.