Fortaleza de Valença

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Fortaleza de Valença

A grande Fortaleza implanta-se no alto de uma colina sobranceira ao rio Minho, que faz a fronteira com Espanha, constituindo um exemplar de arquitetura militar medieval com fortes intervenções nos séculos XVII e XVIII, que lhe deu a atual configuração de fortificação abaluartada com dois grandes polígonos irregulares, sendo o corpo principal da praça constituído por sete baluartes. Ambos os polígonos são envolvidos por fossos e contra-escarpa constituindo extenso espaço verde de fruição.

O espaço já era ocupado pelos romanos já que no local se fazia a travessia do rio Minho da estrada de Bracara Augusta a Lucus (www.monumentos.gov.pt, 2018). Nos finais do séc. XI, D. Sancho I impulsiona a criação de uma fortificação chamada Contrasta. Em 1262 é confirmado o foral por D. Afonso III, mudando o nome para Valença. A cerca é renovada e ampliada. Nos séculos seguintes são feitas diversas obras, principalmente durante o séc. XVII, altura em que foi palco de várias invasões castelhanas. Em 1713, uma planta de Manuel Pinto de Vilalobos, dá-a quase como concluída. Em 1809 é ocupada pelos franceses que, ao a abandonarem, destroem as Portas do Sol e as de Santia-go. São feitas obras de reconstrução dirigidas pelos engenheiros Matias José Dias Azedo e Carlos Luís Ferreira da Cruz Amarante. Em 1912 também é palco de uma das incursões monárquicas de Paiva Couceiro.

Dentro do polígono maior encontra-se o centro histórico de Valença, constituindo o casco de origem medieval, com algumas construções, nomeadamente igrejas rodeadas por muros como se fossem pequenas cidadelas. O centro histórico apresenta vários espaços públicos com carvalhos americanos, plátanos falsos plátanos e tílias. Todas as faces da fortificação, principalmente as viradas ao rio são excelentes miradouros sobre o rio Minho e Espanha, com Tui como pano de fundo. No seu interior encontram-se vários edifícios como a Câmara Municipal, Arquivo Municipal, museus, a Pousada de Valença, a Misericórdia e diversas igrejas e capelas. O comércio têxtil e o turismo são dos principais atrativos de toda a zona intramuros da Fortaleza.

O acesso é feito por estrada, com condicionamento automóvel, possuindo, na proximidade, fora de muralhas, na Avenida de Espanha, um jardim público murado com coreto.

Monumento Nacional, Decreto nº 15 178, DG, 1.ª série, n.º 60 de 14 março 1928 / ZEP, Portaria nº 65/2010, DR, 2.ª série, n.º 12 de 19 janeiro 2010.

Inventário: Joaquim Gonçalves - outubro de 2018.

inserido na ROTA DO ALTO MINHO

Fortaleza de Valença

(Consultada em outubro de 2018)
http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=3527

EN 101, Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, Avenida do Cristelo