Solar dos Abreu Castelo Branco

Quinta com cerca de 2 ha, com casa, jardins e pomares, em encostas, dispostos em patamares.

A casa, apesar de grandes remodelações no séc. XIX, possui origens no séc. XVI, sendo dessa altura a torre da casa. Pertenceu ao Conde de Fornos de Algodres, titulo dado no séc. XIX a João Maria de Abreu Castelo Branco Cardoso e Melo. Na segunda metade desse século, o 3º conde fica com a Quinta da Costa, atual seminário e dá ao irmão o Conselheiro Lopo de Abreu, esta quinta.
A casa, de grandes dimensões, possui fachada principal em torno pátio fechado, com três patamares com diferentes alturas, ajardinados, com canteiros de buxo e roseiral e do lado esquerdo uma fonte de tanque circular.

Atrás da casa, em sentido ascendente e longitudinal desenvolvem-se os jardins, pomares e horta. O jardim, sobrelevado em relação à casa, tem acesso por escada e portal com canteiros de buxo, exemplares notáveis de camélias, voltadas à casa e pontuado por laranjeiras, magnólias, magnólias grandiflora e um tanque no topo. O caminho longitudinal e central com carreira de buxo que atravessa todo o jardim, dá acesso a segundo patamar com muitos exemplares de camélias, lateralmente, sendo que à esquerda encontra-se campo de jogos. O caminho culmina em cruzamento com mesa de pedra redonda e em cima, um terceiro patamar com grande tanque cuja água provém de uma fonte de mergulho com mina. É ladeado por pomares com algumas mesas em zonas de sombra. Os pomares são de nespereiras, aveleiras, macieiras e laranjeiras. Com acesso por escada chega-se ao quarto e último patamar, com horta, pombal, ruínas de várias construções e um outro tanque de granito. Daqui abrem-se amplas vistas, tendo a Serra da Estrela como fundo. Junto à casa, atrás várias casas de antigos caseiros, recuperadas, antigas pocilgas, tanque com lavadouro e olival.

Inventário: Joaquim Gonçalves – junho de 2018