Casa da Boavista

Quinta com cerca de 8 ha, construída em encosta, num local estratégico voltado ao rio Lima, desfrutando de uma paisagem sobre o vale, o que lhe permitiu o nome de “Boavista”. É constituída por campos agrícolas com vinha, casa, jardim e construções agrícolas.

Mandada construir por Gabriel de Freitas Malheiro de Araújo em finais do séc. XVII, que se encontra sepultado na capela dedicada a Santo António, o vínculo foi constituído pelo seu filho Diogo de Gouveia Coutinho e Castro em 1712. Daqui é natural o Conde de Santa Eulália, Aleixo de Queirós Sottomaior de Almeida e Vasconcelos (1868-1917), que foi dono do Paço da Glória e do Convento de Refoios de Lima e inspirou o Conde d’Aurora no seu romance D. Aleixo, publicado em 1921.

O acesso é feito por portão que conduz por entre os campos de vinha, monte acima, passando por um miradouro sobre o rio, chegando ao portal de entrada, armoriado, com notáveis tílias junto a este, que dá para longo terreiro, atualmente com relvado, com uma fonte de espaldar com bicas carrancas e data de 1793. A escadaria da casa encontra-se perfeitamente alinhada com o portal. Na fachada voltada ao rio encontra-se um jardim de buxo formal desenhado por Gaspar de Queiroz Ribeiro de Sottomayor Vaz Pinto, da família, com camélias e fonte central circular com repuxo. Para oeste encontram-se a eira, um longo espigueiro e pocilgas e atrás da casa grande pátio agrícola, com construções em torno deste, contrastando com o terreiro formal.

Interesse Municipal, Decreto nº 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977.

Inventário: Joaquim Gonçalves - outubro de 2018.