Paço de Anha

Quinta com cerca de 40 ha em encosta, voltada à povoação, composta por grandes campos de vinha, casa, jardim em socalcos e mata de grandes dimensões, estendendo-se monte acima.

Com origens remontando ao séc. XVI, em 1503 Vicente Ferreira recebeu da Casa de Bragança a quinta, por ocasião do seu casamento com a aia da duquesa. Em 1580 aqui ficou refugiado D. António Prior do Crato, passando a casa a designar-se “paço”. Segundo a tradição familiar existe na casa uma arca onde reza a história esteve escondido D. António. Em 1625 foi fundada a capela por João de Agorreta Ferreira (1581-1640) que, antes de morrer, instituiu o morgado do Paço d’Anha.

O acesso é feito por portal marcado por pináculos que conduz a caminho ladeado por lagerstroemias, dando acesso à capela e casa, com fonte fronteira. Um portal abre para pátio onde se encontra a escadaria e um caminho coberto por ramada que conduz aos campos de vinha. Atrás da casa encontram-se a zona dos jardins, com primeiro patamar com olival e relvados, uma fonte de espaldar com nicho de Santo António, junto ao muro de suporte do patamar superior, cujo acesso é feito por escada. Este patamar possui canteiros de buxo com plantas anuais no interior. O patamar superior apresenta relvado e notável pinheiro manso. Neste patamar avista-se o mar. Uma pérgula com colunata percorre um caminho superior que conduz à mata onde se encontra na entrada um grande tanque. Estes jardins foram feitos em meados do séc. XX por José d’Agorreta de Al-poim. Lateralmente à casa, para oeste encontram-se vários anexos agrícolas, adaptados para turismo, com piscina deslocada, junto à vinha. Do lado oposto da casa, espaços murados correspondendo a pomar e antigas hortas. Acesso à vinha lateralmente à casa e dependências agrícolas e de turismo.

Monumento de Interesse Municipal, Deliberação da Câmara Municipal de Viana do Castelo de 13 maio 2013.

Inventário: Joaquim Gonçalves - outubro de 2018.