Solar dos Seabra Beltrões

Casa com jardim do séc. XX, projetado pelo arquiteto paisagista Francisco Caldeira Cabral (1959 / 1960), mas com origens muito antigas remontando ao séc. XVII, ligada à família Seabra Beltrão, cujo impulsionador das obras da casa, no séc. XVIII, terá sido Lucas Seabra da Silva, irmão do ministro de D. José I. Em frente à fachada principal da casa, na periferia da localidade, encontra-se uma monumental fonte, provavelmente dessa época, com bicas de golfinhos, construída no antigo terreiro fronteiro da casa. De algumas estruturas antigas do jardim como um antigo salão de chá ou casa de fresco e escultura de pedra representando escudeiro (ARAÚJO, 1962), já nada subsiste. O jardim original seria essencialmente composto por hortas e pomares.

O acesso ao jardim, com cerca de 7500 m2, em L, é feito por portão lateral à casa, que conduz a caminho calcetado, que dá acesso a patamar em quota superior, passando por arco de cedro a zona com campo de jogos, pontuado por castanheiros da índia e exemplares notáveis de camélias com mesas e bancos corridos de pedra, aproveitando a sombra das copas. Lateralmente a este patamar, mas já em baixo corre ramada de vinha que separa da zona de pomar e horta. Separado por caminho calcetado da fachada posterior da casa, encontra-se relvado bordejado por exemplares de tuias, magnólias, tílias e camélias e canteiros naturalizados com agapantos. No extremo sul desta zona de relvado encontra-se uma antiga mina, que seria usada como zona de fresco.

Inventário: Joaquim Gonçalves – junho de 2018