Paço de Palmeira

Quinta de recreio, mandada construir pelo Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, meio-irmão do rei, na margem sul do rio Cávado, correspondendo mais ou menos a uma área de 3 ha, murada, composta por palácio, jardim, bosque, e campos de vinha. Entre 1741 e 1758 D. José de Bragança comprou a propriedade ao Pe. António Alvarenga Peixoto e mandou construir uma quinta de recreio, encomendando o projeto a um arquiteto italiano. Depois da sua morte, herdou a propriedade o sobrinho D. Pedro Henriques de Bragança e Ligne Sousa Tavares Mascarenhas da Silva. Em 1789 a propriedade foi comprada por Gaspar José da Costa Pereira de Vilhena Coutinho, e vendida em 1834 ao inglês Roderick Harold Dalzell Henderson, que lhe acrescentou o portal brasonado vindo da Quinta da Torre. A propriedade passou por vários proprietários até chegar ao atual.

O acesso é feito por portal que conduz por entre frondoso bosque até à casa. Existem espécies como ciprestes de Lawson, sobreiros e carvalhos. Sebes de buxo acompanham o percurso. Ao lado do bosque, encontram-se extensos campos de vinha. Chegando à casa, encontra-se um portal armoriado abrindo para pátio com fonte central e duas laterais confrontantes e canteiros ajardinados com notável magnólia. Lateralmente à casa e voltados ao rio Cávado, desenvolvem-se três longos patamares de jardim em sentido descendente, sendo os dois primeiros formais, compostos por canteiros sinuosos e geométricos de buxo com roseiral, pontuados por estatuária e pérgula de glicínia a separá-los. Várias fontes e tanques encontram-se pelo jardim, tal como painéis de azulejos rococós. No último patamar encontra-se um relvado e piscina. Junto à casa um mirante permite admirar tanto o jardim como o rio Cávado e toda a paisagem que o envolve.

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.