Avenida Central / Antigo Passeio Público de Braga

Em pleno centro histórico de Braga é um dos principais eixos da cidade, antigo Passeio Público, anterior Campo de Sant’Ana, obra do Arcebispo D. Diogo de Sousa (1461-1532), atualmente no meio da cidade. Possuindo na proximidade os principais e históricos edifícios da cidade a Torre de Menagem do antigo castelo, e as famosas Arcadas. A zona central é pedonal e ladeada por eixos rodoviários.

As primeiras referências remontam ao século XIV falando de um caminho rural que unia a Porta do Souto à Igreja de São Vítor conhecido como Corredoura. Como rua começa a tomar forma no tempo do Arcebispo D. Diogo de Sousa (finais do séc. XV/inícios do XVI) que mandou construir a Capela de Santa Ana. A partir dos finais do séc. XVII a avenida vem a adquirir importância, construindo-se em redor dela vários conventos e casas apalaçadas. O mosteiro e colégio dos Congregados, o Recolhimento das Convertidas, Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Penha de França, a Casa Nogueira da Silva e a Casa Rolão, são alguns dos exemplos.

Em 1857, foi construído o Passeio Público, projeto do engenheiro Manuel Couto Guimarães, fechado, com coretos e pequenos lagos, espaço de encontro social da cidade. Em 1914 o passeio desapareceu e passou a ser uma avenida aberta. Em 1983 é reabilitado e adaptado a novos usos segundo projeto do Arquiteto Paisagista Manuel Sousa da Câmara.

Planta longitudinal, terminando ligeiramente em triângulo, podendo-se dizer que o percurso começa junto ao edifício das Arcadas, com fonte central com repuxos, recente, seguido de série de canteiros com relvados e árvores como magnólias de grande flor, faias rubras, aceres, magnólias tulipeiras, plátanos, choupos e abetos. Uma série de mobiliário urbano encontra-se na avenida, como bancos e candeeiros. Sensivelmente a meio encontra-se um coreto, fontes e um monumento em granito recente dedicado a São João Paulo II, tal como outro alusivo aos irmãos Roby, naturais de Braga e mortos em África, ao serviço de Portugal no início do séc. XX.

Da avenida avista-se o Santuário do Bom Jesus do Monte.

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.