Casa de Simães / Casa de Simaens

Quinta murada, rodeada por campos de vinha, com casa, terreiro e jardim estruturado em três socalcos. Em 1423 começou a construção da casa na antiga Quinta da Coelha, propriedade de Gonçalo Coelho. Em 1607 Francisco Pinto da Cunha, Alcaide de Celorico de Basto, por casamento com Francisca Maria da Silva Coelho comprou a quinta e instituiu o morgadio, obrigando os descendentes a usar o apelido Pinto Coelho. A partir do último quartel do séc. XVII fizeram-se grandes obras na casa e jardins, construindo-se as fontes do terreiro e o lago do jardim. No final desse século foi plantada uma alameda de loureiros. Durante o século seguinte foram novamente feitas várias obras, nomeadamente no jardim ao nível de decoração com estátuas e execução do portal armoriado.
O acesso é feito pelo portal armoriado abrindo para o terreiro da casa, onde em muro se encontram cinco fontes de espaldar com figuras alegóricas simbolizando África, Ásia, Europa, a Améria e o Cupido. Junto às fontes ricamente decoradas encontram-se bancos. No centro do terreiro uma fonte de tanque recortado. Ao pé da casa existe outra fonte com a figura de um homem a dominar uma serpente, brotando água para um tanque. Junta a esta um mirante com bancos e alegretes no muro. O jardim surge a sudoeste da casa, atrás, formal, composto por canteiros de buxo podados. A oeste existe a Alameda dos Loureiros com notáveis exemplares. Existe ainda um espaço chamado de “Campo da Sereia” com túnel de buxo perpendicular à alameda, conduzindo a uma imagem de uma sereia.

Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 735/74, DG, 1ª série, nº 297 de 21 dezembro 1974.

Nota feita com base na bibliografia e na visita exterior: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.