Casa de Santo Antonino

Quinta de recreio com cerca de 17 ha, localizada junto à antiga Cadeia das Pereiras e o pelourinho da antiga vila, em encosta virada à paisagem com terrenos de vinha da quinta e ao fundo a mata da Casa do Alvação. Situa-se em meio urbano, outrora na periferia da vila que cresceu e foi envolvendo diversas quintas. Desfruta de vistas panorâmicas sobre a paisagem, dominada pela Serra da Orada. Terá sido construída nos sécs. XVIII e XIX, mas as origens remontam ao séc. XIV, sendo um dos seus primeiros proprietários Fernando Velho. A casa encontra-se á séculos na posse da mesma família, descendentes de Egas Moniz. Também ligada à casa encontra-se Gonçalo Cristóvão de Meireles Teixeira Coelho que tomou parte da proclamação da Monarquia do Norte em 1919. Junto à casa encontra-se frondosa mata com espécies notáveis e jardim formal ligado à horta e pomar, segundo a tipologia da quinta de recreio portuguesa. A entrada principal, apesar de recente é feita através da centenária mata da casa, desenvolvida lateralmente e em quota superior. Junto à casa surge pequeno jardim formal com estatuária em terracota, composto por canteiros de buxo de recorte geométrico com roseiras no centro. Num dos lados do jardim encontra-se fonte com tanque rectangular, bica e nicho. Lateralmente à casa e em eixo com o jardim formal, desenvolvem-se as hortas e o pomar de citrinos, com longos caminhos ladeados por buxo, que acompanham a disposição em socalco. Percorrendo a horta, no sentido ascendente, encontra-se novamente a mata. Em sentido oposto, em quota inferior desenvolvem-se os longos campos de vinha, separados, junto à casa por alta sebe de buxo, com mirante. Através da horta, por escadaria acede-se a pátio rodeado pela casa, ritmado por camélias.

Inventário: Joaquim Gonçalves – abril de 2018.