Fortaleza de Monção

A Fortaleza de Monção encontra-se na margem esquerda do rio Minho. Na margem oposta, do lado espanhol encontra-se o Forte de Salvaterra.

As primeiras cercas amuralhadas foram construídas entre 1305 e 1308 a mando do rei D. Dinis e palco durante as guerras Fernandinas com Castela, em 1368, do episódio lendário que envolveu Deu-la-Deu Martins, mulher do governador Vasco Gomes de Abreu, que se encontrava ausente, que levou os castelhanos a levantar o cerco quando esta teve a ideia de cozer pães e mandá-los aos sitiadores, provando assim a abundância de alimentos. Durante os séculos seguintes a fortificação foi sendo reconstruída até que em 1656 deu-se início à construção da fortificação abaluartada sob o traçado do engenheiro militar Miguel de Lescole (m. 1688). A sua construção prolongou-se para o século seguinte sendo palco de guerras e cercos entre portugueses e castelhanos. Em 1840, as muralhas encontravam-se bastante arruinadas, sendo depois demolidos alguns troços, incluindo as Portas de São Bento, em 1898, para construir o balneário das termas. Em 1915 a fortificação sofreu ainda com a construção da linha de caminho-de-ferro e a abertura da estrada para as Caldas.

Hoje é um espaço verde de fruição, envolvendo a vila e suas construções e um excelente miradouro sobre o rio. É composta por dez baluartes irregulares e um meio baluarte, dispostos a este, junto ao rio, a norte e em terra. Envolve o centro histórico da vila de Monção com construções adossadas em alguns troços. Os baluartes são cobertos por vegetação alguns servindo como miradouros. Do lado do rio encontram-se as Termas e o Parque e na encosta o Convento de São Bento ou Quinta dos Frades, hoje Hotel Convento dos Capuchos.

Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910.

Inventário: Joaquim Gonçalves - outubro de 2018.

inserido na ROTA DO ALTO MINHO