Quinta da Cruz

Quinta com cerca de 6,5 ha, rural, na periferia da cidade de Viseu, numa encosta na margem esquerda do rio Pavia, murada, com casa de construção oitocentista que pertenceu à família Calheiros, vendida na década de 90 à Câmara Municipal de Viseu.

O acesso é feito por pátio que comunica com um outro, desenvolvido atrás da casa, em torno de antigas construções agrícolas, nomeadamente o celeiro, eira e garagem, atualmente convertidas nas instalações do museu, como centro de exposições e auditório. No centro do pátio surge uma fonte de tanque octogonal, enquadrada por exemplar notável de palmeira washingtonia e canteiros com exemplares notáveis de camélias. No topo oeste forma-se uma varanda com vista para o jardim formal, em baixo e toda a quinta. O acesso ao jardim formal é feito por escadaria junto ao gradeamento da varanda ou por caminho que ladeia o pátio. É composto por quadras de buxo talhado, com pirâmides nos ângulos, fonte de tanque circular central e exemplares de camélias, palmeiras e lagerstroemias. Para norte desenvolve-se uma extensa mata com um pequeno lago e no topo um cruzeiro. Possui exemplares notáveis de sobreiros, castanheiros da índia, cedros, louro-cerejo, camélias e eucaliptos. É pontuado por bancos e mesas de madeira sob a sombra das densas copas das árvores e algumas esculturas modernas.

Passando o jardim formal e contornando a casa, encontra-se um ulmeiro pendente e a escadaria que dá acesso à entrada principal da casa. Todo este caminho é percorrido por alegretes, e pontuado por algumas colunas antigas, totalmente aberto à paisagem da quinta, com pomares de cerejeiras e nogueiras, desenvolvidos em quota inferior. No final deste caminho encontra-se grande tanque com lavadouros cuja água corre de uma fonte de mergulho ao lado com mina. A sombra no local é dada por exemplar notável de plátano e dois cedros no patamar de cima. Junto ao tanque começa um caminho que percorre os campos da quinta, pontuados por muitas aveleiras com monumentais esculturas de ferro modernas, representando folhas. A quinta é atravessada pelo rio Pavia, que a corta, com salgueiros nas suas margens, uma antiga ponte, parcialmente destruída pela força das águas e as ruínas de uma antiga azenha da quinta. No dos extremos da propriedade passando por ponte de ferro chega-se a uma horta pedagógica.

Inventário: Joaquim Gonçalves – junho de 2018

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