Casa de Sezim / Paço de Sezim

Quinta com cerca de 13 ha, sendo em grande parte ocupada por matas e vinhas. A casa de planta em U com um terreiro fechado por portal armoreado é rodeada, a norte pela frondosa mata, a sul por jardim e mata e a nascente por vinha. De origens antigas a Casa de Sezim entrou na posse da família em 1376 por doação de D. Maria Mendes Serrazinha a D. João Freitas. Em 1390, é Senhor de Sezim Afonso Martins, sendo a sua produção de vinho mencionada em 1396. O morgado da Quinta de Sezim foi instituído em 1451 por Afonso Vasques Peixoto, Abade de Arões. A atual casa data de uma reconstrução do século XVII, arrastando-se as obras até finais do séc. XVIII, conferindo-lhe alguns traços neoclássicos, no tempo de José Alexandre de Freitas do Amaral Castelo Branco. Sempre na mesma família a casa pertence hoje a um dos bisnetos do primeiro Barão de Pombeiro de Riba-Vizela, que foi Manuel de Freitas do Amaral Castelo Branco, moço-fidalgo da Casa Real, filho da morgada de Sezim, D. Margarida de Freitas do Amaral e Melo. A figura do 1º barão teve um importante papel no desenvolvimento industrial e cultural de Guimarães.

O acesso à casa é feito por alameda pontuada ocasionalmente por carvalhos, cedros e castanheiros da índia, com pequena fonte e tanque junto à casa. O acesso à mata é feito lateralmente a esta, conduzindo ora ao seu interior ora a zonas de vinha. A mata é densamente arborizada por carvalhos, alguns notáveis, falsos plátanos, sobreiros e eucaliptos.

O jardim localizado atrás da casa chamado de “Jardim da Negra” (STOOP, 2015) avista-se da longa varanda com cerca de 60 metros de comprimento que percorre a fachada tardoz. Este jardim é essencialmente constituído por uma pequena zona formal de canteiros de buxo, com desenhos geométricos, bambus, quadras delimitadas por buxos, pontuadas por camélias e azevinhos e pereiras, delimitados por ramadas.

Lateralmente a poente grande relvado com piscina e a nascente um court de ténis. Em local em encosta possui em diversos pontos amplas vistas sobre o vale e vinhas da propriedade.

IIP - Imóvel de Interesse Público, Portaria n.º 443/2006, DR, 2ª série, nº 49 de 09 março 2006.

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.