Quinta de Pindela

Quinta com cerca de 80 ha, composta por casa, jardim, extensa mata (50ha) e campos agrícolas, com origens em 1456, como atesta a data do portão de entrada. Em 1550 foi feito o tombo dos bens deixados por Luís de Carvalho, do Morgadio de Pindela, com a descrição da casa. Em 1661 o 5º Morgado de Pindela, José Pinheiro Lobo, mandou construir a capela de Nossa Senhora da Conceição. Mas, foi nos finais do séc. XIX, a mando do 2º Visconde de Pindela (1852-1922), Vicente Pinheiro Lobo Machado de Melo e Almada, que a casa sofreu importantes alterações, incluindo a construção dos jardins, nomeadamente com a construção do segundo corpo lateral da casa, da torre, dos portais armoriados, da fonte do terreiro e da cavalariça.

O acesso é feito por portal com a data “1456-1885” a terreiro com fonte central. A norte, rematado por muro com conversadeiras, em quota mais baixa encontram-se extensos campos agrícolas. O jardim encontra-se atrás da casa, sendo o acesso feito por esta, composto por canteiros formais de buxo com roseiral, gardénias, lilases, rododendros, junto aos muros glicínias e jasmim. Existe em eixo um caramanchão de notáveis camélias e ao fundo a chamada “Fonte dos dois Irmãos” com representação dos irmãos Visconde de Pindela e Conde de Arnoso, distinto vimaranense, escritor, pertencente ao grupo dos Vencidos da Vida e secretário particular do rei D. Carlos.

Lateralmente existe uma horta. Em patamar superior encontra-se um extenso tanque ou lago com notável tulipeiro da Virgínia, junto a este. No fundo deste patamar densamente arborizado com falsos plátanos e sequoias encontra-se a Fonte de São João, com azulejos e acesso por escadaria com arranques de volutas para a mata. Inicialmente era um pinhal mas, no século XIX, pela ação do 3º Visconde de Pindela, João Afonso Pinheiro Lobo da Figueira Machado e Melo e Almada, foram introduzidas diversas espécies como cedros, falsos plátanos, sequoias, aceres, plátanos, castanheiros, tílias, magnólias e lódãos.

Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 740-DG/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012.

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.