Santuário de Nossa Senhora da Abadia

Santuário em meia encosta, em plena Serra do Gerês, na proximidade do Convento de Santa Maria do Bouro, no vale encaixado do rio Nava, formando cascatas naturais e com antigas azenhas no seu percurso.

Com origens que remontam ao séc. VIII, onde no local foi construído um ermitério para beneditinos ou eremitas agostinhos, no entanto as opiniões divergem. No séc. XI no local existiu um ermitério de monges beneditinos. D. Paio Pais Guterres, após a morte de sua mulher, recolheu-se no local e achou numa gruta a imagem da Virgem. A remodelação do templo começou no séc. XVII, sendo de 1644 o portal de acesso à igreja. Em 1725 foi reconstruída a igreja no local antiga capela românica e as capelas de Via-Sacra. Após a expulsão dos frades de Santa Maria do Bouro em 1834 com a extinção das Ordens Religiosas, anos mais tarde, em 1859, o culto ficou a cargo de um capelão.

O caminho de acesso ao santuário apresenta grandes penedos com pinhal com sete capelas da Via Sacra, mais pequenas, representando "Cristo no Horto", "Flagelação", "Coroação de Espinhos", "Ecce Homo", "Queda no Caminho do Calvário", "Despojamento das vestes" e o "Calvário". Existem ainda oito capelas dedicadas à Virgem, octogonais representando Nascimento da Virgem", "Apresentação da Virgem no Templo", "Esponsórios da Virgem", "Anunciação", "Visitação", "Natividade", "Adoração dos Reis Magos" e "Chegada ao Egito".

Ao chegar ao recinto formado por alameda de plátanos, ladeado por dois grandes quartéis de peregrinos, com coreto e cruzeiro, ao fundo a igreja ladeada por tílias. Atrás zona de merendas, largo com duas fontes e um escadório de acesso à pequena gruta da aparição e, que, por sua vez leva ao santuário de São Bento da Porta Aberta. Entre os patamares encontram-se zonas de merendas e mais duas capelas, à sombra de tílias, plátanos e oliveiras, entre outras árvores.

Conjunto de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 254/2016, DR, 2.ª série, n.º 166, de 31 agosto 2016

Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.