Santuário do Bom Jesus do Monte
Norte | Braga
Santuário do Bom Jesus do Monte
O Santuário do Bom Jesus do Monte é um monte sacro que se encontra a cerca de 8 km do centro da cidade de Braga, numa encosta do Monte Espinho virada a poente sobre a cidade. Desde 2019 que se encontra inscrito na lista do património mundial da Unesco com o número 1590, na categoria de paisagem cultural. A cerca do santuário possui uma área aproximada de 26 ha onde se inscrevem a igreja e os escadórios com as suas capelas, fontes e estátuas envoltos numa mata densa, para além de outros equipamentos como os hotéis. Todo o santuário é construído em granito, o substrato geológico sobre o qual assenta. Na cerca, inscreve-se um percurso sagrado de grande monumentalidade organizado em duas secções distintas. A primeira respeita aos momentos anteriores à morte de Jesus, organizada em três escadórios sucessivos: Via Crucis, Cinco Sentidos e Virtudes e termina na igreja monumental. A segunda é alusiva à vida gloriosa de Cristo ressuscitado e é composta por um escadório que culmina no terreiro dos Evangelistas. Nos escadórios sucedem-se capelas evocativas que abrigam conjuntos escultóricos evocativos dos passos da paixão, morte e ressurreição de Cristo e estão acompanhadas por fontes e estátuas alegóricas. À esquerda do escadório, na primeira secção, encontra-se o elevador movido a água e em funcionamento ininterrupto desde 1882, obra realizada por iniciativa do empresário Manuel Joaquim Gomes. Conduz os visitantes desde a entrada no santuário, junto ao pórtico, ao adro da igreja. O conjunto arquitetónico e paisagístico foi sucessivamente reconstruído e ampliado com o objetivo único da criação de um lugar de salvação que absorveu as circunstâncias sociais, políticas e económicas de cada momento e a criação e manifestação artística do seu tempo. Aqui os estilos arquitetónicos, sobretudo o barroco e o neoclássico, cruzam-se e o granito e água são os dois elementos construtivos por excelência do santuário. O processo evolutivo do santuário está suportado em registos existentes que nos dão conta do processo como nomes dos mestres, pedreiros e escultores que aqui trabalharam.
As primeiras notícias sobre a existência de ermidas no monte Espinho remontam ao século XIV associadas à devoção da Santa Cruz relacionada com a vitória na batalha do Salado contra os mouros em 1340 em que o arcebispo de Braga D. Gonçalo Pereira esteve a combater ao lado de D. Afonso IV de Portugal. Numa das paredes do escadório das Virtudes no santuário encontram-se duas lápides com inscrições relativas à presença de uma ermida construída em 1494 no tempo do arcebispo D. Jorge da Costa II e outra à sua reedificação e ampliação em 1522 por D. João da Guarda (m. 1529), deão da Sé de Braga que contemporâneo do célebre arcebispo D. Diogo de Sousa. Para a construção do santuário como o conhecemos hoje, foi decisiva a constituição da Confraria do Bom Jesus do Monte em 1629. É a partir desta data que podemos considerar o monte Espinho como um monte-calvário com a instalação de pequenas ermidas. Em Braga, desde a Idade Média, que as confrarias tinham importância na vida da cidade com um papel fundamental nas manifestações de natureza devocional. Porém, elas conheceram um incremento assinalável nos finais do século XVI, sendo este movimento indissociável do Concílio de Trento que decorreu entre 1545 e 1563 como resultado da reação da igreja católica à reforma protestante iniciada por Lutero em que pontuou a figura de D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590), arcebispo de Braga entre 1559 e 1582.
A confraria do Bom Jesus reedificou a ermida no Monte Espinho, colocou a imagem de Cristo crucificado com o título de Bom Jesus do Monte e projetou grandes obras de transformação do monte em santuário, construindo quartéis para abrigo dos peregrinos e as primeiras capelas, em pequenos nichos, alusivas à paixão de Cristo, ligadas por um caminho abrupto aberto na mata. Pedro do Rosário foi o primeiro ermitão nomeado para o santuário. Tendo surgido um diferendo entre a Confraria e o deão da Sé de Braga D. Francisco Pereira da Silva, o lugar ficou ao abandono. Em 1722, D. Rodrigo de Moura Telles (1644-1728), figura da alta nobreza portuguesa, reitor da Universidade de Coimbra e bispo da Guarda, arcebispo de Braga desde 1704 até à sua morte, depois de aprovados os novos estatutos para a confraria, nomeou-se seu juíz e foi o grande impulsionador do santuário do Bom Jesus do Monte. Por toda a cidade de Braga e no santuário encontramos ainda hoje as suas armas: os sete castelos do brasão dos Moura, a esfera armilar ou a cruz de Cristo. A construção do santuário foi a sua obra mais emblemática para a qual se crê ter tido apoio do seu ‘mestre de serviço’, o coronel engenheiro Manuel Pinto de Villalobos (m.1734). Uma vez aberta a estrada de acesso ao monte Espinho, construiu-se o pórtico, as oito capelas de planta quadrada com uma cobertura piramidal, respetivas fontes, o escadório dos Cinco Sentidos e a igreja em forma circular – concluída em 1725 e, entretanto, desaparecida - assim como se regularizou o caminho do percurso sagrado. No ano de 1749, o comerciante de Braga Manoel Rebello da Costa (1749-1771) foi eleito tesoureiro da confraria e ficou desde então reconhecido como um dos maiores benfeitores do santuário nomeadamente no projeto e obra do terreiro dos Evangelistas, de casas de acomodação de capelães e de quartéis de peregrinos, A introdução deste programa invocando o tempo depois da morte de Cristo é uma distinção do santuário de Braga que em muito contribui para a complexidade e completude do programa sagrado.
O santuário teve um novo período de renovação com D. Gaspar de Bragança (1716-1789), arcebispo desde 1758 e sucessor de seu tio D. José de Bragança, por sua vez, filho natural de D. Pedro II. D. Gaspar é um dos ‘Meninos da Palhavã”, filho natural de D. João V e irmão de D. José. Em 1773, por sua ação, o papa Clemente XIV assinou três breves conhecidos como de Santa Maria Maior concedendo variadas graças ao santuário enriquecendo-o de singulares privilégios e graças. Foi também um reformador da cidade, promotor das artes e protetor do santuário podendo ser considerado um verdadeiro mecenas. A igreja mandada construir por D. Rodrigo apresentava um avançado estado de ruína para além de se revelar pequena para a receção de um cada vez maior número de romeiros e peregrinos e, em 1780, foi tomada a decisão de se construir uma nova igreja tendo sido chamado Carlos Amarante (Braga, 1748- 1812) um homem de talento artístico e protegido de D. Gaspar de Bragança e autor também do escadório das Virtudes e introdutor do estilo neoclássico no santuário. Os membros da confraria encontraram-se divididos por receio da capacidade de angariar dinheiro para uma obra de tão grande dimensão. Mas, D. Gaspar obteve licenças régias que permitiriam angariar esmolas em todo o reino nomeadamente no Brasil tendo o santuário ficado sob proteção régia por alvará de D. João VI (1822) passando a ser designado como “Real Santuário do Bom Jesus do Monte”.
No século XIX, as confrarias foram perdendo muito do seu enquadramento. Vivia-se muita agitação social e política e estava instalada uma crise económica desde o princípio do século e as obras concebidas por D. Gaspar foram-se arrastando sendo as esmolas vindas do Brasil determinantes assim como os grandes beneméritos como Pedro José da Silva ou Constantino José Gomes. Foram juízes da confraria figuras importantes da nobreza que igualmente se assumiram como benfeitores. São exemplo o Marquês de Marialva que foi juiz presidente entre 1803 e 1823 e o Duque de Lafões vice-presidente entre 1824 e 1835. António Brandão Pereira (1842-1897) empenhou-se na construção do parque no último quartel. Para esse fim, foi feita uma intensa plantação de espécies e construíram-se um lago e diversos arruamentos. Esta transformação incentivou um empresário bracarense, Manuel Joaquim Gomes (1840-1894), a interessar-se pelo santuário e avaliar o seu potencial enquanto destino turístico. Em 1880, foi-lhe atribuída a exploração de um elevador na qualidade de principal acionista da companhia dos Carris de Braga. A construção ficou a cargo do engenheiro civil Raul Mesnier du Ponsard, com a direção do engenheiro suiço Nikolaus Riggenbach e o elevador foi inaugurado a 25 de Março de 1882. Este período correspondeu a uma obra profunda de reconstrução do santuário de D. Rodrigo de Moura Telles e de conservação do escadório dos Cinco Sentidos a par com a construção do parque na parte alta do monte, por trás da nova igreja, e a introdução do elevador ao mesmo tempo que os quartéis começaram a evoluir para hotéis. Tudo isto concorreu para que a cerca do santuário se transformasse numa estância. Segundo projeto do engenheiro Manuel Couto Guimarães, a cerca na sua parte inferior foi atravessada por uma estrada construída na segunda metade do século XIX. As capelas do tempo de D. Rodrigo na Via Crucis, com exceção das capelas do Horto e da Última Ceia junto ao pórtico, são substituídas por capelas mais amplas de planta octogonal, onde são novamente colocadas as armas de D. Rodrigo. Este escadório apresentava bastante mau estado de conservação e, em 1895, foi alvo de um projeto de Reconstrução e Reparações segundo projeto de Joaquim Augusto C. Guimarães. Ao longo dos anos seguintes, foram feitas algumas transformações no santuário, embora de dimensão pouco significativa tendo algumas sido orientadas pelo arquiteto Raúl Lino, nomeadamente a casa das Estampas e o coreto.
Na cerca distinguem-se duas áreas de características diferentes envolventes dos escadórios, o parque, a nascente da igreja na parte superior do monte Espinho e, a poente na sua parte inferior, a mata de enquadramento. O parque foi criado na segunda metade do século XIX por iniciativa do benemérito António Brandão Pereira e tem como elemento central um lago que cria uma imensa clareira a que se segue, numa zona plana, um espaço destinado a piqueniques. É atravessado por uma rede de arruamentos e caminhos que atravessa o parque e conduz ao santuário assim como aos diferentes hotéis: do Elevador, do Parque, do Templo e do Lago e à Casa das Estampas. Entre esta e o hotel do Parque, encontra-se a entrada principal do parque anunciada pela enorme gruta encimada por um mirante. Perto, numa alameda, encontra-se a casa de fresco do antigo paço arquiepiscopal de Braga, contruído pelo arcebispo D. José de Bragança (1703-1756), trazida para aqui no início do século XX sendo da autoria de André Soares. Aqui existem exemplares de árvores notáveis nomeadamente de Quercus robur, Quercus suber, Cedrus deodara, Sequoia sempervirens, Chamaecyparis lawsoniana, Cupressus lusitanica, Tilia sp., Camellia sp., Castanea sativa, Magnolia grandiflora, etc. A mata na parte inferior do monte localiza-se numa encosta bastante acidentada onde ao centro se encontra o percurso sagrado. É também atravessada por uma estrada construída na segunda metade do século XIX segundo projeto do engenheiro Manuel Couto Guimarães.
A entrada no santuário é feita por um pórtico na base do monte, antecedido pela alameda do Pórtico. Nos umbrais do portal encontram-se duas fontes com as figuras do sol e da lua. Sobre a fonte do sol lê-se em lápide inscrita “JERUSALEM SANCTA RESTAURADA E REEDEFICADA NO ANO DE 1722” e sobre a da lua: ‘PELO ILLUSTRISSIMO SENHOR D. RODRIGO DE MOURA E TELLES ARCEBISPO PRIMAS” e encimando o arco encontra-se o brasão do arcebispo primaz D. Rodrigo de Moura Telles (1644-1728) sob um Cristo crucificado. Ultrapassado o arco, existem as capelas da Última Ceia e da Agonia. Estas e o pórtico conservam a traça setecentista de acordo com a intervenção do arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles que presidiu à diocese de Braga a partir de 1704 até à sua morte em 1728. A partir deste ponto, as escadas são em ziguezague e as capelas, tal como as vemos hoje, são o resultado de um longo projeto de reconstrução no final do século XIX. O primeiro conjunto de escadas leva-nos às capelas da Prisão, da Traição, da Flagelação, e da Coroação de Espinhos, alcançando-se o pátio Circular dos Sentidos com amplas visas e onde se encontram duas capelas passando o percurso a orientar-se para a igreja: capelas do Pretório de Pilatos, ou Ecce Homo, e da Subida para o Calvário. A partir daqui partem três lanços de escadas que se iniciam com as duas fontes das Serpentes e chega-se ao pátio dos Cinco Sentido onde existem duas capelas: das Quedas e da Crucifixão. Daqui parte o escadório do mesmo nome que se desenvolve ao longo de seis lanços de escadas duplos divergentes alternados por outros seis convergentes. Inicialmente construído no século XVIII, pouco se sabe sobre a construção do escadório sendo atribuído aos jesuítas. É o conjunto barroco mais emblemático do santuário, muito rico sob o ponto de vista iconográfico, cenográfico e simbólico para o que contribui significativamente a estatuária em granito alusiva a personagens do Antigo Testamento. É constituído por seis fontes sendo a primeira uma fonte de mergulho e intitulada das Cinco Chagas, seguindo-se as fontes da Visão, da Audição, do Olfato, do Gosto e do Tato. Surge um novo pátio que dá início a um novo escadório: o escadório das Virtudes, da autoria de Carlos Amarante (1748-1815), cuja construção data de 1837, ao gosto neoclássico, e onde são evocadas as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. No patamar seguinte encontram-se duas capelas dedicadas a Maria Madalena e São Pedro. O escadório das Virtudes é ladeado por jardins formais, entre eles os designados jardim velho, à direita, e o jardim novo, à esquerda. Terminado o escadório das Virtudes, chega-se ao pátio do Pelicano. três lanços de escadas à direita conduzem à capela do Levantamento da Cruz. Subindo mais alguns degraus, está-se no grande adro da igreja, delimitado por oito esculturas em granito alusivas à sentença de Cristo - Anás, Pilatos, Herodes e Caifás (lado sul) - e à descida e deposição do corpo no santo sepulcro - José de Arimateia, Nicodemos, o Centurião e, de novo, Pilatos. As escadas á esquerda conduzem à capela do Descimento da Cruz, tendo próxima, a estátua de Longuinhos a cavalo, perto do acesso superior ao elevador. A igreja, hoje elevada a Basílica Menor, é em cruz latina e domina o monte. É de feição neoclássica e foi projetada por Carlos Amarante e iniciativa do arcebispo D. Gaspar de Bragança (1716-1789) tendo a sua construção decorrido entre 1781 e 1811. Junto à igreja, a norte, existe a casa das Estampas que abriga a sede, arquivo, loja e museu da confraria; a sul o hotel do Templo e a Colunata de Eventos (antigo casino) com um monumental miradouro do lado do escadório das Virtudes, a norte o hotel do Parque e o hotel do Elevador. Entre a casa das Estampas e o hotel do Parque
, encontra-se a entrada para o parque anunciada pela enorme gruta encimada por um mirante. Da capela do Descimento, segue um novo escadório em direção ao Terreiro dos Evangelistas que se inicia com duas capelas que prosseguem a narrativa sobre os grandes momentos que se seguiram à morte de Cristo: da Unção ou das Lágrimas e da Ressurreição. O percurso termina no terreiro dos Evangelistas ou das Três Capelas, com forma aproximadamente quadrangular e murado que se deve ao benemérito Manoel Rebello da Costa, tesoureiro da confraria, que, no século XVIII, custeou esta obra estando as capelas atribuídas a André Soares, um dos grandes mestres do barroco em Portugal, e que terão sido construídas por volta de 1760. Daqui tem-se vistas amplas nsobre o vale do rio Este e a serra do Gerês. Um dos vértices do terreiro constitui a entrada enquanto nos outros três erguem-se três capelas: Aparição a Maria Madalena, Discípulos de Emaús e Ascensão, intercaladas com quatro fontes alusivas aos evangelistas: São Marcos, onde a água jorra da cabeça de um leão; São Lucas, a água corre da cabeça de um touro; São Mateus, a água jorra da cabeça de um anjo e São João, a água corre da cabeça de uma águia.A partir da década de 1990, a confraria passou a uma fase de maior atividade perante a constatação de alguma desatenção à conservação do bem até que encomendou um Plano de Ordenamento (1998). Desde então os hotéis sofreram obras de renovação, registaram-se obras de conservação e restauro num número significativo de capelas, fontes e escadórios. A afluência ao santuário tem aumentado de forma significativa e isso levou a uma gestão mais rigorosa e disciplinada da circulação e estacionamento automóvel o que repôs o ambiente de tranquilidade do sítio.
Monumento Nacional, inscrito na Lista do Património Mundial (UNESCO), #1590.
Inventário: Adaptado do dossier de candidatura do Santuário do Bom Jesus do Monte em Braga à Inscrição na Lista do Património Mundial da UNESCO ( 2018)
Santuário do Bom Jesus do Monte
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