Casa de Juste
Norte | Lousada
Casa de Juste
Quinta com cerca de 15 ha, sendo 6 ha murados com origens no séc. XV tendo a a casa sofrido grandes alterações nos séculos XVII e XVIII, sendo dessa época essencialmente o que se vê.
O acesso à feito por portal junto à estrada nacional, escondendo por completo a casa e jardins, com casa de recepção e venda de produtos da quinta na entrada. Campos de vinha encontram-se por entre caminho ladeado por alto buxo podado, em forma de merlões como se de uma muralha se tratasse. Também o acesso ao parque de estacionamento da casa é feito junto à entrada.
Pelo caminho acima chega-se ao terreiro da casa, em zona alta, com canteiros essencialmente com azáleas, murado por alta sebe de buxo talhado em forma de bola gigante. Atrás da casa, percorrida por varanda com escada para o exterior, surge um jardim formal dentro de muros com canteiros ora sinuosos, ora geométricos em buxo, com fonte central e tanque antecedido por um canaleto largo. Este tanque, está ligado extra-muros através de um canaleto a um enorme tanque no topo da vinha junto à entrada da mata. Esta intervenção foi feita no âmbito do projeto EEA Grants financiado pelo EEAGrants (European Economic Area Financial Mechanism) dedicado a intervenções em sistemas hidráulicos, da autoria da arquiteta paisagista Teresa Chambel. Lateralmente à casa, em socalco mais elevado a zona da piscina com relvado e mais uma zona de topiárias de buxo, algumas em forma de animais, e a horta. Do lado oposto, a nascente, outro tanque rodeado por jardim.
Caminhos cobertos por ramadas percorrem a quinta chegando a zonas convertidas para turismo como o antigo sequeiro. Caminhos serpenteantes por entre a mata com ponte em madeira pontuados por rododendros, camélias e azáleas, sempre em percurso ascendente, chega-se ao alto da propriedade onde se encontram dois lagos artificiais, um mais pequeno com bambu e outro maior com ilha com palmeiras washingtonias e fiteiras, rodeado por jardim com canteiros de buxo e camélias. Trata-se de uma intervenção recente projetada pelo proprietário. Nesta parte mais alta encontra-se a mata composta essencialmente por carvalhos, abetos, pinheiros, cedros e plátanos.
Inventário: Joaquim Gonçalves – maio de 2019.
Casa de Juste
(Consultada em maio de 2018)
AZEVEDO, Carlos – Solares Portugueses: Introdução ao Estudo da Casa Nobre. 1ª ed. Lisboa : Livros Horizonte, 1969. p. 149.
http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=8786
http://europeangardens.eu/inventories/pt/ead.html?id=PTIEJP_Norte&c=PTIEJP_Norte_J126&qid=sdx_q5
http://www.casadejuste.com/index.html