Castelo de Montemor-o-Novo
Alentejo | Montemor-o-Novo
Castelo de Montemor-o-Novo
O castelo encontra-se numa posição dominante, a cerca de 300 m de altitude, sobre a planície alentejana onde corre o rio Almansor. Montemor o novo tem origem muito antiga, recebeu forais de D. Sancho I (1203) e de D. Manuel I (1503) e inicialmente encontrava-se no interior do castelo. Pensa-se que a ocupação do lugar possa datar já da pré-história e está confirmada a existência de um povoado islâmico, possivelmente já fortificado. A partir dos finais dos séculos XVI e inícios do XVII começou-se a registar o abandono da vila intramuros até que, no século XIX, a vila antiga ficou deserta com a exceção do Asilo da Infância Desvalida, entretanto instalado no Convento de Nossa Senhora da Saudação que foi da ordem dominicana.
Acede-se ao castelo por uma rua acidentada, a partir do centro urbano, que leva à porta do castelo onde se encontra um miradouro sobre a cidade, o santuário de Nossa Senhora da Visitação e a planície. Esta porta - Porta da Vila ou Porta Nova – já foi conhecida como Porta de Santarém, e encontra-se junto à Torre do Relógio e à Casa da Guarda. O inferior das muralhas tem sido alvo de escavações arqueológicas e são escassos, embora notáveis, os vestígios da vila intramuros. A muralha é de planta aproximadamente triangular e no seu interior destacam-se a Igreja de São Tiago do século XIV com o Centro Interpretativo do Castelo, o já referido Convento de Nossa Senhora da Saudação construído no início do século XVI sede desde 2000 do projeto o Espaço do Tempo, um programa de residências artísticas nas áreas do teatro, dança, performance, música, artes visuais virado, essencialmente, para a criação contemporânea, a capela de São João Batista e as ruínas da alcáçova ou Paço dos Alcaides de planta retangular com origem nos inícios do século XIII destacando-se ainda os restos de duas torres redondas e palco das cortes de 1495 no tempo de D. Manuel, estando associado à tomada de importantes decisões régias.
Há muito que o castelo tem sido usado como destino de passeio pelos habitantes e também é naturalmente muito procurado por turistas. Classificado como monumento nacional pelo decreto nº 38147 de 5 de janeiro de 1951, o respetivo descritivo indica que a classificação abrange as muralhas e os imóveis que se encontram dentro delas como torres, cisternas, capelas, asilo (antigo convento), matadouro mourisco, várias ruinas de prédios urbanos e “Terrenos com uma mata e ruas que servem de passeio público”. Junto à Porta da Vila ou Porta Nova e ao miradouro com parque de estacionamento, parte uma alameda que circunda a muralha a uma cota inferior à muralha. No seu interior prevalece vegetação rasteira, algumas espécies arbustivas e uma zona arborizada na envolvente do convento sendo ainda reconhecíveis estruturas próprias de uma pequena cerca conventual intramuros.
Classificado como MN - Monumento Nacional. Decreto n.º 38 147, DG, I Série, n.º 4, de 5-01-1951.
inserido na ROTA DO ALENTEJO