Jardim dos Marqueses de Fronteira

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Jardim dos Marqueses de Fronteira

O Palácio e Jardins dos Marqueses de Fronteira, situados no sopé da serra de Monsanto, têm um enquadramento urbano, sobretudo à direita, com o crescimento da cidade, contrastando com a grande massa verde de Monsanto a oeste e a Sudoeste.

O Palácio foi mandado construir por D. João de Mascarenhas, segundo conde da Torre. Não se sabe exatamente a data desta construção, mas pode-se situá-la entre 1665 e 1669. Este conjunto arquitetónico, inicialmente apenas composto por um edifício de planta quadrangular, vai erguer-se junto a uma capela, datada de 1548 e de um convento de 1399. Em 1670, D. João de Mascarenhas recebe o título de Marquês da Fronteira pelo rei D. Afonso VI como recompensa pelos feitos militares durante a guerra da Restauração da Independência que este jardim pretende celebrar. O palácio e os jardins terão sido inaugurados, na presença do príncipe-regente D. Pedro, entre 1671 e 1672.

Após o terramoto de 1755 que abalou a cidade de Lisboa, e que destruiu o palácio residencial da família, estes mudaram-se para esta propriedade que tinha sobrevivido à catástrofe, e fizeram dela a sua residência. Ainda no mesmo século, a residência vai sofrer alterações, transformando o lago que rodeava parte do palácio num terraço. Já no século XIX, foi fechada a loggia da fachada norte, que mais tarde foi reaberta.

A qualidade artística e a durabilidade dos materiais, associada à atenção e boa manutenção que a família Mascarenhas ao longo de 350 anos dedicou ao seu jardim, levaram a que este seja o jardim português mais conhecido no mundo tendo servido de capa para importantes livros de História de Arte de Jardins, de inspiração para poesia, romances e cenário para filmes e matéria de teses de doutoramento e mestrado. Marcou também um estilo em Portugal como quinta de recreio e pode dizer-se que os jardins barrocos de norte a sul do país e no Brasil seguiram padrões decorativos de azulejos, estatuária e embrechados assim como soluções de água e irrigação, inspirados nesta obra de arte.

O palácio de forma complexa é composto por várias fachadas de diferentes séculos, desde fachadas com um aspeto mais erudito que formam as principais fachadas a outras revestidas por azulejos ao nível do piso nobre. O corpo central do palácio, de forma quadrangular, é composto por duas torres ligeiramente destacadas do resto do conjunto. Existiriam mais duas torres, mas que atualmente apenas se encontram vestígios. A sul e a nascente do palácio encontram-se os jardins, que tiveram influências italianas, francesas e islâmicas e, tiveram como tema a celebração da Restauração da Independência.

A nascente, no terraço principal, está o Jardim Formal, composto por parterres de buxo e por cinco fontes com repuxos. A sul do jardim, o denominado Tanque dos Cavaleiros forma um espelho de água que reflete a Galeria dos Reis, que se encontra adjacente a este, e que tem cerca de 10 metros de altura. A nível do Tanque dos Cavaleiros pode-se observar um conjunto de catorze painéis representando cavaleiros e que se arrumam em quatro conjuntos de três intercalados por três grutas enquanto, os outros dois painéis encontram-se nas paredes laterais limitantes das escadas que dão acesso à Galeria dos Reis. As paredes do Tanque dos Cavaleiros estão decoradas com embrechados tal como o teto das três grutas. Já a Galeria dos Reis é toda revestida e decorada com azulejos e tem a representação de todos os reis portugueses até D. Pedro II, excluindo os Filipes, em bustos colocados em nichos. À esquerda do Tanque dos Cavaleiros e da Galeria dos Reis entra-se no Jardim de Vénus, este num patamar acima, de forma irregular e com uma fonte a meio ao gosto renascentista, a Fonte de Vénus. A norte deste jardim está o terraço da Carranquinha e respetiva fonte, enquanto a sudoeste a Casa de Fresco com embrechados no interior e no exterior, tal como azulejos e fontes no interior, liga-se com o Lago dos SS’s, de forma elíptica e revestido a azulejos, guarnecido com estátuas e repuxos. É circundado por bancos com azulejos que escondem repuxos inseridos nas rochas ou paredes, os giochi, elementos usado no Renascimento italiano, que molhavam os visitantes de surpresa. Do lado mais direito da propriedade, pode-se ver o Jardim do Laranjal, obra mais recente do palácio, que data do século XXI. Este pretende o prolongamento do jardim através de uma peça artística contemporânea. O desenho dos talhões foi inspirado na simetria dos talhões de buxo. É composto por lagos e canais revestidos de azulejos com cariz contemporâneo, que servem tanto de irrigação como de ornamento, tal como eritrinas para reforçar as já existentes, ciprestes, romãzeiras e vários citrinos.

Nestes belos jardins de Fronteira vamos encontrar quatro traços típicos do jardim português que tanto o caracterizam: a utilização extensiva de azulejos decorativos; a preocupação com o sistema de vistas que aproveitava as vista para o vale de Benfica; a utilização de vegetação exótica, começando com a laranjeira doce trazida da China, aclimatada na Índia e vinda para Lisboa onde se deu tão bem que a produção de laranjas nesta quinta é referida nos documentos da época. E finalmente a construção de um sistema de águas intrincado e complexo que funciona por gravidade e garante a manutenção da Quinta. 

De facto, em toda a propriedade de Fronteira a água é utilizada com engenho e arte. A água era captada em nascentes subterrâneas dentro da propriedade, conduzida por extensas minas estreitas, saindo ao ar livre para ser armazenada e distribuída na estação seca, tornando o palácio e jardins independentes de fornecimentos exteriores. Desta forma, a água era conduzida dos níveis mais altos da propriedade e enchia os tanques dos níveis inferiores. Esta disposição permitia a formação de lagos ornamentais, onde a água era armazenada antes de ser canalizada para fontes ou repuxos mais abaixo, intercalando tanques em espelho de água, com fontes nos três níveis sucessivos dos terraços do jardim.

Em 1982 o palácio foi classificado como Monumento Nacional e os jardins, em 1994. Integrados numa zona especial de proteção. Em 1989 foi criada, por Fernando Mascarenhas, Mafalda Osório Mascarenhas, Maria Margarida George e Frederico George, a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna que gere, atualmente, esta propriedade. Esta fundação visa a proteção e divulgação deste património, promoveu o restauro histórico dos espaços verdes e organiza visitas e eventos.

Inspirado pelo seu próprio jardim, em 2006 Marquês de Fronteira, Fernando Mascarenhas, quis deixar, logo abaixo do parterre de buxo, a marca artística do século XXI, e encomendou à Arq. Paisagista Cristina Castel-Branco o desenho de um jardim de inspiração islâmica que fosse a sua marca. O legado do século XVII a decoração exuberante de água, azulejos, e o entremear de estilos e culturas serviu de fio condutor ao novo desenho, mantendo-se o espírito de efusão de cor, de água e de luz nascido no Mediterrâneo e viajando até ao longínquo Índico - Este projeto em conjunto com o restauro do sistema de águas da Casa de Fresco foi desenvolvido pela equipa de ACB Arquitetura Paisagista www.acbpaisagem.com com o apoio financeiro de EEAGrant da Noruega.

O projeto foi assim desenhado para um terraço inferior onde em tempos existira um laranjal e tomou o nome de jardim do laranjal, recorrendo ao sistema de água inicial do jardim e criando uma represa para o armazenamento de água para rega e para os canais que atravessam os novos terraços. Oito tanques marcam o centro de terraços que ecoam o desenho do buxo no terraço histórico. Cada tanque tem no centro um canteiro com uma laranjeira e o pavimento de tijoleiro é cortado por canais de água revestidos a azulejos de azul igual ao azul da Galeria dos Reis. O artista plástico Eduardo Nery revestiu cada um destes tanques com azulejo que se distanciam da palete de cores dos azulejos históricos do palácio mas que criam uma nova palete inspirada na cor de laranja dos citrinos deste novo jardim.

Esguichos de água, tanques, caleiras e canais formam um complexo sistema hidráulico que quando posto em funcionamento, cria o ambiente fresco dos jardins islâmicos onde as romãzeiras, os ciprestes e os lírios dialogam com os limoeiros e as laranjeiras.

Uma espessa cortina de vegetação foi nessa altura posta a crescer para cortar a visão dos prédios de Benfica e ao fundo do jardim a Eritrina antiga que existia sobre o canal foi replicada criando-se agora um quadrado de Eritrinas.

Ao construir o jardim a arquiteta paisagista redigiu um texto sobre a interpretação que se pode retirar das imagens e mensagens deixadas pelos construtores de Fronteira e que se surge como registo para a vida seguinte do jardim (the afterlife of the garden).

"O Jardim do Palácio Fronteira pode-se ler como um livro em que as palavras são estátuas, a ação e os personagens azulejos, as paixões são fontes, os amores canais, os capítulos se dividem por terraços por onde entramos e saímos e o título do livro tem que ser descoberto no eixo e só se percebe no fim da leitura ou do passeio. As páginas tal como a passagem do tempo são viradas como buxos podados ao longo dos anos, e no jardim há páginas onde até podemos fazer parar o tempo.

Fronteira é um jardim que se lê e que se saboreia como um livro e onde se entra para conhecer logo de frente doze cavaleiros que incarnam a valentia e a força, transportando-nos para o tempo antigo em que os homens eram heróis. Quem serão os doze? Há que continuar para perceber: como num conto de princesas subimos a larga escadaria que nos faz ver o grande tanque onde tudo se reflete; no topo espera-nos um corredor azul, uma galeria de vénias a cada um dos reis de Portugal em bustos de mármore, e a história desenrola-se sem sobressaltos com a sequência dos reis como a aprendemos na escola até ao centro da galeria por onde passa o eixo do jardim, onde a história faz uma pausa e entra em suspense… a figura central da galeria, o busto que ocupa a posição mais importante, não é um rei... é D. Fernando, o Infante Santo! Aquele que morreu mártir pela Pátria.

Outra surpresa aparece a seguir ao Cardeal D. Henrique, ainda no século XVI. a sucessão de reis salta para D. João IV no século XVII, pois o livro de Fronteira desvia-se da verdadeira história de Portugal suprimindo os três Filipes! A mensagem torna-se mais clara quando sabemos que o jardim foi construído por D. João de Mascarenhas, Conde da Torre, que foi peça vital da Restauração de Portugal e recuperação da independência em 1640. A inexistência dos Filipes na galeria dos Reis de Portugal é eloquente mensagem que o autor nos deixa apesar dos factos serem outros.

A vista ao longe prolongava-se no passado pelos terrenos de caça mas hoje embate em prédios, no estádio do Benfica e na parafernália das linhas de comboio. Trazendo o olhar para mais perto e mais baixo, o parterre de buxo dividido em dezasseis quadrados, forma quatro a quatro padrões que mais parecem tapetes persas. No cruzamento dos dois grandes eixos do jardim, a fonte de mármore revela-nos a marca de água das páginas de todo o livro, o brasão dos Mascarenhas por cima da esfera armilar; assim ficamos atentos à história que aqui se conta, onde o protagonista parece ser Portugal mas o autor vai passando a sua biografia para o livro e para quem a souber ler.

Encostados à balaustrada admiramos a fachada do palácio em cor sangue de boi rematado a painéis de azulejos e ligando-se por sete degraus de excelentes proporções aos tapetes verdes de buxo. De repente por cima de nós e da galeria, deparamo-nos com mais uma personagem sobre o arco da galeria e de novo no importante eixo do jardim. John Martin o sábio professor de História e Teoria da Arte dos Jardins revelou em segredo que para perceber um jardim é preciso observar bem o eixo principal e nele encontrar a grande mensagem, pois é sempre no eixo que a deixam os autores que sabem fazer jardins. A personagem é a estátua nua de uma mulher despenteada em equilíbrio sobre um globo, com os pés alados e uma peça tosca na mão. Quem poderá ser? O suspense aumenta e com ele o significado do jardim, ainda sem sentido.

Da galeria dos Reis passa-se para um jardim de grandes árvores do século XIX, com muita sombra. Vénus, sobre 4 golfinhos enrolados, espera-nos deitando água pelos seios - e a mensagem complica-se com esta entrada da mitologia carregada de códigos e comportamentos conhecidos de cada Deus a pulsar neste jardim. Num recanto iluminado do jardim de Vénus, deparamo-nos com um lago do qual emerge um pavilhão cilíndrico com cúpula revestida a azulejos que nos transporta ao mundo dos jardins árabes; mas a fachada é decorada por embrechados confirmando a originalidade portuguesa da arte de jardins, sabiamente entrançada por outras culturas, romana, árabe, italiana e mogol. É a Casa de Fresco, com o lago de rebordos esculpidos em pedra parecendo boiar na água e enrolando-se sobre um repuxo. E então recordamos que os Mascarenhas durante gerações foram senhores na Índia. De facto só no Forte de Agra, nos pavilhões de mármore para onde entra a água em tanques de rebordos refinadamente esculpidos, viu a autora este sábio efeito que a arquitetura mogol depurou.

Dentro da Casa de Fresco, de uma mesa central, alta e em pedra, brota água formando uma bolha que desaparece quase por magia. Todo o teto abobadado da Casa de Fresco é revestido a embrechados feitos com pedras, conchas e vidros como os italianos; mas a originalidade portuguesa juntou-lhe mais um elemento: pedaços de porcelana quebrada relembram o intenso comércio de Portugal com o Oriente. A lenda em redor desta imensa quantidade de cacos de pratos da Companhia das Índias colados na abóbada diz que no jantar de inauguração do Palácio, com a presença do Rei, a baixela foi atirada para fora pelas janelas para que mais ninguém nela comesse, aproveitando-se depois para revestir a abóbada do elemento mais escondido, e peculiar, destes jardins. Cá fora, nos bancos de pedra e azulejo que rodeiam a Casa de Fresco, é a surpresa dos giochi, pequenos repuxos embutidos na parede de forma a molhar os visitantes que neles se sentassem. A esta graça associa-se a ironia das cenas de macacos nos azulejos, que tomam as funções dos homens, barbeiros, professores de solfejo.

Subimos para o terraço que liga o palácio à antiga capela, abrindo-se num espaço de luz comprido, em que as estátuas, azulejos, e dellaRobias cobrem tudo de azul e branco; estamos ao nível das copas das grandes árvores do terraço de Vénus que dão sombra e flores, em Março a olaia roxa, em Junho o jacarandá lilás, com elas criando o lugar mais confortável de toda a Quinta. Saturno, Júpiter Marte, Apolo, Vénus, Mercúrio e Diana são agora os protagonistas e as intrigas entre eles são tantas que os deixamos de lado para apreciar as duas estátuas de Apolo vencedor e Márcias derrotado e esfolado com a pele sobre o ombro e a gaita-de-foles tristemente caída, que o autor do jardim pôs em destaque na parede mais larga do terraço. Márcias desafiou os Deuses com a sua música, e Apolo contestou e ganhou. A humildade é lição para que nunca se desafiem os Deuses. E o que faz este conjunto de personagens em lugar tão privilegiado do jardim? Muita pesquisa levou a uma hipótese (cada vez mais segura) que tenta interpretar o que autor do jardim nos quis deixar como mensagem.

Há mais de 350 anos que a quinta e Palácio Fronteira se mantêm na família Mascarenhas, ilustres vice-reis e governadores da Índia. D. João de Mascarenhas, fundador de palácio e jardim por volta de 1665, é um lutador incansável junto das cortes da Europa para a recuperação da independência portuguesa, e vence. Herói da Restauração e amigo do jovem infante D. Pedro, que veio a ser D. Pedro II, encomenda o jardim e o palácio. Neles inscreve para a posteridade um hino à restauração da nacionalidade, apoiando-se nos elementos mais vincados da cultura portuguesa antiga, mas também nos factos da história que vivera recentemente e que tinham virado o destino do país: a restauração da independência de Portugal em 1640. O fundador foi herói da Restauração. Toda a decoração do jardim serve para demonstrar simbolicamente a força e a independência da cultura portuguesa e, se o jardim for visitado com o conhecimento deste código de leitura, a mensagem vai surgindo clara: o jardim passa a “ler-se” como um hino de alegria a uma cultura portuguesa independente, liberta da hegemonia espanhola, projetada para um pano de fundo mitológico, tal como fizera Camões para imortalizar os Descobrimentos nos “Lusíadas”, ao modo habitual no Renascimento, com os Deuses da mitologia a contracenar com os heróis portugueses e até com o dono da obra. Muito clara é a mensagem deixada na Galeria dos Reis na qual foram omitidos (com a grande eloquência simbólica da ausência) os três reis Filipes que governaram durante a dominação Espanhola.

Os cavaleiros fazem-nos voltar a Camões e aos Doze de Inglaterra, heróis representando a valentia portuguesa, e a capacidade de sacrifício pela pátria que é incarnada pelo Infante D. Fernando na galeria dos Reis. O símbolo da Oportunidade é a mulher que lá de cima estende um leme indicando com os seus cabelos desgrenhados a direção do vento e lembrando com o seu próprio nome a importância para Portugal da escolha do bom momento para as grandes decisões históricas. Mas é realmente no terraço que a mensagem se entrega em pleno, e o jardim passa a ser o recetáculo de uma história séria e antiga; na epopeia do povo Português contada por Camões, o momento astrológico da partida das caravelas de Vasco da Gama corresponde à disposição das estátuas e aqui se estabelece a ligação vital entre este jardim e os Lusíadas. No verso 89 do canto X a descrição astrológica do céu no momento da partida das caravelas corresponde às divindades pela ordem com que estão dispostas no terraço de Fronteira: Saturno (Cronos), Júpiter (Zeus), Marte (Ares), “o claro Olho do céu, no quarto assento” é o sol ou Apolo, Vénus (Afrodite), Mercúrio (Hermes) e Diana (Artemis). Foi com esta analogia que a chave da interpretação do jardim apareceu: sob a forma artística do ornamento do jardim, os astutos construtores de Fronteira celebram a cultura portuguesa aludindo ao poema nacional de maior alcance, os Lusíadas.

O jardim pode então ler-se como um poema. Esta passagem da leitura de um livro através de um jardim aparece pela primeira vez na Villa d’Este, jardim do renascimento italiano, onde as Metamorfoses de Ovídio surgem em estátuas, percursos e plantas. Percebemos então que a estranha gruta de Hipocrene no centro da parede dos cavaleiros é a de Camões que pede às musas inspiração poética, e Vénus encontra-se na ilha dos amores na sua plena sensualidade. E sobre todo o jardim, como sobre as caravelas do Gama, voa Mercúrio alado e quase suspenso sobre os dois pavilhões que encimam a galeria dos Reis. Outros mistérios estão ainda por esclarecer, sobretudo os macacos e os gatos, as harpias e os monstros compósitos da Casa de Fresco...

A beleza do jardim e a sua originalidade faz dele o jardim português mais conhecido no mundo da História de Arte de Jardins (Coats, 1963), servindo de inspiração para poesia, romances, cenário para filmes e sobretudo foi o marco do século XVII a partir do qual os jardins portugueses evoluíram nunca deixando o uso dos azulejos, nem os espelhos de água, nem as vistas para o exterior."

Classificado como Monumento Nacional segundo o decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982 / ZEP, Portaria n.º 1094/94, DR, 1.ª série-B, n.º 283 de 09 dezembro 1994.

Texto de Inventário: Cristina Castel-Branco – 2013, 2019

inserido na ROTA DA GRANDE LISBOA

Jardim dos Marqueses de Fronteira

(Consultada em Setembro de 2019)
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