02 Rota do Baixo Minho
Descrição
A Rota do Baixo Minho cobre aproximadamente os territórios das bacias hidrográficas dos rios Cávado e Ave, com nascentes nas serras do interior – Larouco e Cabreira respetivamente - e correndo perpendicularmente ao Atlântico. Inclui ainda a bacia do rio Sousa, o vale do Românico.
Para esta rota turística contribuem monumentais santuários, extensas cercas conventuais, encantadoras quintas de recreio e um conjunto de jardins e parques municipais em Braga, Guimarães ou Barcelos. Estes sítios encontram-se numa paisagem fortemente humanizada que, ao longo de séculos, tem estado sujeita a intensas dinâmicas que foram deixando testemunhos muito antigos e diversos. A inscrição na paisagem destas dinâmicas mais antigas vai-se esbatendo embora elas teimem em perdurar. A leitura da paisagem – entre labirínticos traçados viários acompanhados do casario disperso envolto em campos e bouças – faz-se a partir de um número de perspetivas sem fim e é uma constante descoberta. Destacam-se os centros urbanos, próximos entre si, todos com densidade histórica e ricos em valores patrimoniais.
Braga encontra-se sobre a linha divisória das bacias do Cávado e do Ave. O santuário do Bom Jesus, várias vezes reconstruído, é a inspiração de tantos outros: Senhora de Porto de Ave e Senhora do Pilar na Póvoa de Lanhoso, ou mais longe a Senhora da Abadia ou, ao lado, Santa Maria Madalena da Falperrra ... As cercas conventuais são diversas, umas foram dispersas, mas outras mantêm uma grande autenticidade e integridade como as dos mosteiros de Tibães e Landim. As quintas estão dedicadas, de um modo geral, à vinha e ao vinho e ao alojamento local tendo assim as portas abertas aos visitantes. Quinta da Aveleda, Casa de Juste, Paço de São Cipriano, Casa de Margaride, Villa Beatriz, Quinta da Costa ... Os seus portais anunciam pátios, ora mais de aparato ora mais agrícolas, abrindo para a entrada de casas a que se aconchegam jardins, bosquetes, campos e pomares articulados por caminhos de ramadas que conduzem a modernas plantações de vinha e a matas. Os jardins e os parques públicos surpreendem pela sua história escondida e pela qualidade do seu projeto - a Penha em Guimarães, São João do Souto em Braga, Parque das Termas de Vizela, ou o Campo da Feira em Barcelos ...
A vegetação é exuberante, os sistemas de água são inteligentes, o granito predomina e transformou-se num sem fim de muros, levadas, fontes e estátuas. Enfim ... cenários surpreendentes e sempre renovados ao longo das estações do ano!